Barcelona 5 x 0 Real Madri – 29 de novembro de 2010 – Temporada 2010/2011 – Futebol Total do Barcelona
Esse jogo ficou marcado não só pelo placar elástico, mas também pela aula de futebol do time comandado por Pep Guardiola. Lionel Messi, embora não tenha marcado, deu assistências geniais. Os gols foram marcados por Xavi, Pedro, David Villa (2 vezes) e Jeffrén.
A posse de bola, a movimentação, os toques rápidos… Mourinho ficou completamente perdido e conheceu o famoso tic-tac catalão, que envolveu o Real Madrid ao rolar a pelota até o apito final, um famoso chocolate.
Foi também a primeira vez que José Mourinho, sofreu uma derrota tão expressiva no comando dos merengues. Esse dia entrou para a história como um dos maiores clássicos já jogados, um verdadeiro show de futebol total.
Cada jogador tem sua história. Mas aquele Barcelona de 2010 era algo fora da curva. Não só fez história — ele mudou o jogo. Agora olha com atenção pra essa escalação abaixo e me diz: alguém imaginava que o Real Madrid levaria cinco do Barça naquele dia?
Pois é, amigos. O Barça vivia sua melhor fase. Não tinha pra ninguém. Um time imbatível, jogando com autoridade, sem dar espaço, sem mostrar dó do maior rival. O Real não viu a cor da bola.
O famoso tic-tac de Pep Guardiola engoliu a estratégia do experiente Mourinho. E naquele 29 de novembro, ficou claro: o futebol total estava no seu auge — e ele falava catalão.
Escalação do Barcelona 2010/2011 / Escalação do Real Madri 2010/2011
O jogo começou bem disputado, o Real tentando trocar passes, mas o Barcelona era muito intenso. Quando algo dava errado ou algum passe não saía certo — o que era difícil de acontecer — já vinham uns 2, 3 jogadores pressionar o jogador do Real.
Havia muita aproximação nesse time. Isso, sem dúvida, é uma das características do Pep Guardiola. Eles jogavam perto e sempre em movimentação. Não só os meias, mas todos — todos tinham essa capacidade de trocar passes com muita qualidade.
Aos 5 minutos, Messi, dentro da grande área, cheio de jogadores à frente, dá um tapa que faz uma curva e pega quase onde a coruja dorme. O Real Madrid já ficou assustado.
O primeiro gol foi dele: Xavi, aos 9 minutos. E adivinha? A jogada começou com ele mesmo, orquestrando o meio-campo com aquele domínio de bola e os passes precisos de sempre.
Messi se aproxima mais do centro do campo. Os dois fazem uma tabelinha rápida e simples assim — Xavi recebe de costas para a zaga e já devolve de primeira, fácil. Messi domina no estilo dele, levanta a cabeça e vê Iniesta aberto pela direita.
Iniesta só precisa de segundos pra perceber o seu companheiro Xavi se infiltrando no meio da zaga. Iniesta tenta um passe forte e rasteiro na direção do parceiro. A bola vem rápida e com uma precisão absurda, mas o brasileiro Marcelo tenta ser mais rápido e cortar.
Só que não conseguiu do jeito que queria. Ele meio que deixa a bola passar por baixo — o famoso “pegou de raspão”. E ela sobe, ficando na medida pro Xavi.
O meio-campista vê seu companheiro de seleção, Casillas, saindo do gol com tudo pra tentar abafar. Mas o gênio do meio-campo pensa rápido e dá só um tapinha, meio de lado, por cima, tirando completamente do goleirão espanhol.
Ali começava a exibição de um futebol total.
O segundo gol saiu aos 17 minutos. O Barcelona já dominava completamente o meio-campo com Iniesta, Xavi, Busquets e, principalmente, Messi, que jogava como um verdadeiro falso 9. Ele vivia rodeando o meio, trocando passes curtos e precisos com Xavi e Iniesta, sempre participando da construção. Era o retrato claro do que chamamos de futebol total.
Em uma dessas jogadas, onde o domínio era todo do Barça, Xavi domina a bola pelo lado esquerdo, levanta a cabeça e vê seu companheiro David Villa, que estava aberto pelo lado direito. Então, ele manda um lançamento daqueles — na medida.
Villa já domina em velocidade, parte pra cima do zagueiro Sergio Ramos, corta pra esquerda e solta o pé. Casillas até faz a defesa, mas espalma a bola pro meio da área.
Pedro, bem posicionado, pega o rebote e empurra pra dentro do gol. Simples, direto e eficiente. Um gol que traduz o espírito do futebol total: posse, movimentação, leitura rápida e execução perfeita.
Barcelona 2, Real Madrid 0.
23 minutos do primeiro tempo, e o Real Madrid sequer conseguia ficar um minuto com a bola. Cristiano Ronaldo tentava entrar no jogo, mas a marcação do Daniel Alves era precisa. O brasileiro estava impecável nessa partida.
A posse de bola do Barça era tanta que começou a irritar Pepe e Sergio Ramos. E aí já viu, né, amigos? Essas duas feras eram duríssimas. Só que ficar correndo atrás da bola, com a torcida gritando aquele famoso “olé”, foi demais pra cabeça do Pepe.
Ele não pensou duas vezes e chegou mais forte no Lionel Messi. Nada grave, só aquele aviso clássico. Mas aí que estava a diferença desse Barcelona: nada parava o time. Nem pancada, nem provocação. A disciplina tática e mental deles era de outro mundo.
Isso era mais que futebol. Era futebol total, no mais alto nível.
Aos 31 minutos, o jogo pegou fogo. Rolou uma confusão danada entre Cristiano Ronaldo e o time do Barça. Os jogadores espanhóis começaram a reclamar que o português teria empurrado o treinador Pep Guardiola durante uma disputa na lateral.
Aí foi aquele clássico empurra daqui, empurra dali. Muita discussão, dedo na cara, o clima esquentou de vez. O Real já demonstrava nervosismo, e o Barça, com todo aquele controle de jogo, só deixava a pressão aumentar pro lado rival.
Tudo começou porque Pep Guardiola estava com a bola na mão, e o lateral era pro Real. Cristiano Ronaldo foi pegar a bola, mas o treinador do Barça deu aquela leve desviada com a mão, tipo tirando a bola do português.
Aí, meu amigo, o clima já estava tenso. CR7, que já estava tomando de 2 a 0, não aguentou e deu uma leve empurradinha no braço de Guardiola. Nada demais, mas o suficiente pra acender o estopim.
Foi o que bastou pra começar a confusão. O banco do Barça levantou, os jogadores chegaram junto, e virou aquele empurra-empurra clássico de clássico. O clima ficou quente no Camp Nou.
E detalhe, hein: a maioria deles era da seleção da Espanha. Mas na hora do clássico, ninguém lembrava disso. Era futebol total no mais alto nível.
Aos 33 minutos, David Villa comete uma falta no meio-campista Khedira. Era a chance perfeita pra Cristiano Ronaldo bater a falta e tentar colocar os merengues de volta no jogo.
CR7 foi pra bola, ajeitou com calma e bateu com força no seu estilo. A bola passou perto, tirando tinta da trave e levando muito perigo pro gol de Victor Valdés. A equipe do Real Madri também tinha capacidade de jogar o seu futebol total.
Aos 35 minutos, Pepe levou um amarelo ao matar um contra-ataque puxado por Messi. Foi no meio do campo, e ele não pensou duas vezes. Fez o certo, porque se ele não para o argentino ali, Messi ia parar dentro do gol.
A verdade é que nem só de técnica se faz um futebol total. Precisa de garra, de sangue nos olhos, e o time do Barça tinha um cara lá atrás que carregava esse espírito: Carles Puyol.
Ele tinha, sim, técnica e muita qualidade, mas além disso, era um verdadeiro monstro na zaga. Sempre correto, sério e profissional, Puyol foi um dos melhores que já vestiram a camisa do Barcelona e também da seleção espanhola.
No final do primeiro tempo, já com 44 minutos, rolou outra confusão — dessa vez um pouco mais calma do que a primeira. Messi estava jogando demais, rabiscando o meio-campo, quando foi parado na bola, sem falta, por Ricardo Carvalho.
Mesmo assim, o zagueiro começou a falar alguma coisa pro argentino, que levantou e foi tirar satisfação. Não entendeu o motivo da reclamação, talvez achando que Messi tinha se jogado. Mas a verdade é que o corte do Ricardo Carvalho foi limpo, e na sequência, o argentino acabou caindo no lance, como consequência do movimento.
Quando Messi se aproximou, Ricardo Carvalho levantou os braços, daquele jeito de quem quer dizer “não fiz nada”. Mas acabou que uma parte do braço encostou no rosto do Messi, que desabou no gramado.
No fim, ficou por isso mesmo. São os detalhes de um clássico histórico, quente, pegado e cheio de rivalidade.
No segundo tempo, o Real Madrid voltou com uma alteração: saiu Mesut Özil e entrou Lassana Diarra.
Aos 51 minutos, Messi, no seu estilo, corta pra dentro e vê Xavi se infiltrando no meio da zaga. Dá o passe nas costas dos zagueiros e deixa Xavi cara a cara com Casillas. Mas quando Xavi se prepara pra bater, Khedira vem por trás e dá o bote, o que não deixa ele finalizar como queria.
Casillas também sai do gol e abafa o lance. A bola rebate, sobra pro Xavi de novo, mas Casillas já estava em cima dele, fechando o ângulo. Xavi tenta tirar do goleiro, mas exagera e a bola vai pra fora, na bochecha da rede.
O Real tentava pressionar o Barça, mas era piscar e o time já estava com a bola de novo, trocando passes em uma espécie de triângulo. Quando um jogador recebia a bola, o triângulo já se formava. O futebol total aparecia, e como consequência disso, o que vinha pela frente era colírio pros olhos.
Daniel Alves intercepta uma tentativa de lançamento do Marcelo para CR7. O lateral domina no peito e já sai jogando com firmeza. Toca pra Xavi, que se apresenta ao seu lado. Xavi devolve pra Daniel Alves, que solta em Pedro, aberto pela direita.
Pedro toca pra Messi, que está um pouco mais centralizado, e aí entra em cena o Messi de sempre: dois passos pra frente e a visão de jogo absurda. Ele vê David Villa se infiltrando na zaga, e não pensa duas vezes — dá um tapa de sinuca.
Villa, matador como sempre, jogava demais. Não desperdiçou: dominou o passe, girou o corpo e soltou um chutasso cruzado, sem chance pra Casillas.
O futebol total tinha nome, tinha dono — era do Barça. Barcelona 3, Real Madrid 0.
Alguns dizem que Villa estava adiantado quando recebeu de Messi.
Pepe estava em cima, quase na mesma linha. Aparentemente, a cabeça de Villa estava um pouco à frente do zagueiro, mas o bandeirinha não levantou o braço. E aí, meu parceiro… o matador David Villa correu foi pro abraço.
O Real até ficava um pouco com a bola, mas a pressão do Barça era forte. A verdade é que Benzema não conseguiu entrar no jogo — não tinha espaço pra jogar, pra respirar. Cristiano saía da área, tentou uma jogada tentando achar Benzema com um lançamento, mas o Real não conseguia ser o gigante que é. Naquele dia, o futebol total era do Barça. E junto com ele, Messi.
O argentino jogou seu futebol total por diversos anos, mas há quem diga que o seu maior auge foi na temporada 2010/2011. É verdade que, nesse jogo, ele não balançou a rede nenhuma vez… mas convenhamos, né? Ele nem precisava. O que esse baixinho, com todo o respeito, jogou é brincadeira. Lionel Messi pegava a bola e já saía pra cima. Estava no seu auge supremo.
E foi aí que saiu o quarto gol do Barça. Aos 54 minutos do segundo tempo, Messi vem por dentro de novo. É isso mesmo — corta pra dentro de novo. Ninguém pega: nem Xabi Alonso, nem Khedira, nem Pepe, nem Ramos. Ninguém. Com apenas três ou quatro passos em velocidade com a bola dominada, ele enxerga David Villa entrando mais uma vez entre a zaga. Aí ele ficou cara a cara com Casillas. Só os dois. E Villa não desperdiçou.
Podemos dizer que esse foi o auge da carreira de David Villa. Em 2010, conquistou a Copa do Mundo sendo um dos protagonistas da seleção espanhola. Ele era certeiro. Matador. Desde os tempos de Atlético de Madrid, já mostrava que era um atacante nato — de beirada, fazedor de gol. Um monstro.
Casillas vinha abrindo os dois braços, deslizando com os joelhos, mas Villa, com um leve toque de lado, usando a parte interna do pé, tirou do goleiro e marcou. Ele era preciso. Com dois toques na bola, já definia a jogada. Não era um jogador muito habilidoso no drible, mas era extremamente eficiente. Jogava muito. Partia pra cima, era veloz, técnico, tinha visão de jogo. Sem dúvida, foi um ataque com Messi que deu muito certo.
E também não podemos esquecer de quem comandava essa carroagem toda: o técnico Pep Guardiola. O futebol total era ele que estava querendo. Ele queria, de alguma forma, revolucionar o estilo do Barça pra algo ainda maior. Afinal, o que seria esse futebol total?
É a receita da bola. É aquela jogada. Aquele time que domina, que tem o controle do meio campo. É como os clássicos: Sócrates, Falcão… eles tinham o futebol total. Eles tinham a receita da bola.
Vamos voltar e falar de Gérson, o canhoto meio-campista do Brasil. É como aquela seleção brasileira de 1982 — eles tinham o futebol total. Pois é, eles perderam, mas encantaram o mundo mostrando sua essência, sua origem. Jogavam com naturalidade, com diversão, com responsabilidade. Eram gigantes.
Mas o futebol é assim. E assim como naquele dia, o futebol total se fez do Barcelona. Eles dominaram. Tiveram a receita passada por Pep Guardiola. E praticaram isso por um bom tempo.
Aos 59 minutos, José Mourinho saca o brasileiro Marcelo e coloca Arbeloa.
Andrés Iniesta era um maestro. Ele percorria o meio campo todo. Seu controle de bola, os passes certeiros — e na maioria das vezes todos de primeira — davam uma dinâmica impressionante ao Barcelona. Era craque. Chamava o jogo pra si, não se escondia. Gostava demais de ficar com a pelota. Ele sabia tratar muito bem sua companheira dentro de campo.
Classe de um verdadeiro camisa 8. Talvez um 10. Mas a verdade é que foi um craque com C maiúsculo.
Há quem diga que só jogou no Barcelona durante toda a carreira. Mas isso não é sinônimo de fraqueza. Muito pelo contrário: é o retrato de um gênio que vestiu com amor e muito, mas muito futebol total, a camisa catalã.
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